sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Sonhos sem escadas são nuvens de vapor.
Para chegar aos sonhos é necessário construir degrau a degrau com matéria feita na dose certa de persistência para não desistir, perspicácia para saber decidir e sabedoria para aguentar, esperar e avançar.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A Mente de Cristo


Nós temos a mente de Cristo, afirma o Apóstolo Paulo em I Coríntios 2:16.

 "Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo."

Mas como sabemos nós qual o pensamento de Cristo, para que conheçamos a sua mente, aquela que afinal é nossa?

O Sermão do Monte espelha o pensamento de Cristo.

 “O Sermão do Monte é provavelmente a parte mais conhecida dos ensinamentos de Jesus, embora se possa argumentar que seja a menos compreendida e, certamente, a menos obedecida. De tudo o que ele disse, essas suas palavras são as que mais se apro­ximam de um manifesto, pois descrevem o que ele desejava que os seus seguidores fossem e fizessem.” John Stott (in Contracultura Cristã p.7)

Um manifesto do Seu pensamento que é afinal a interpretação do sentido dos estatutos ordenados pelo AT. O sentido perdido quando por medo de aproximação os israelitas deixaram o conhecimento de Deus lhes viesse por interposta pessoa, perdendo o valor da transformação que só pode acontecer na intimidade, porque afinal a “letra mata, mas o Espirito vivifica”.

Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.
O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente.
2 Coríntios 3:6,7

Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável.
E se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto maior será a glória do que permanece!
Portanto, visto que temos tal esperança, mostramos muita confiança.
Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia.
Na verdade as mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido.
2 Coríntios 3:10-14

Uma tradução “sem véu” do coração do Pai que cria uma geração justificada e regenerada, capaz de ser expressão desse Seu coração.

Um sistema de pensamento revolucionário então e agora, que produz a conversão de relações com Deus, consigo mesmo e com os outros.

Ter a mente de Cristo é mais do que adoptar o seu sistema de pensamento, num esforço inteletual de compreensaõ e apreensão de valores por convencimento de que são eles o melhor caminho para a felicidade.

É conhecer o seu coração e  “estar nele” :

 Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.

João 15:4

E é interessante observar a descrição do setting no qual Jesus apresentou as suas “teses”:

E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Mateus 5:1,2

Proximidade. Esta é a única forma possível de conhecer o coração. Esta é a única forma possível de sentir-se aceite e não julgado, remido e não condenado, perto e não longe.

Jesus, a expressão da aproximação de Deus ao homem, que veio para “buscar e salvar o que estava perdido” Lucas 19:10 “para os que estão doentes e não para os sãos”  “para chamar os pecadores, não os justos, ao arrependimento” Marcos 2:17

Veio para trazer para dentro, por oposição a estar de fora.

O Sermão do Monte é a expressão do pensamento da Graça que vem pelo cumprimento da Justiça, e torna possível que a vida brote de dentro e produza um “estar bem” com Deus e consigo que inevitavelmente se manifestará no estar bem com os outros, sejam estes outros do seu seio familiar, seus amigos ou seus inimigos. Uma mudança de atitude: fazendo a paz, promovendo a reconciliação, o interesse genuíno e altruísta pelo outro, a bondade e a fidelidade; numa consciência clara de quem é e como se posiciona neste reino que não é seu, mas de Deus.

As beatitudes no Sermão do Monte encontram paralelo no ensino de Paulo sobre o fruto do espírito:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
Gálatas 5:22-25

Se a vivência dos valores propostos por Cristo produziriam uma sociedade alternativa e saudável, sem dúvida. Mas não são possíveis se os tomarmos apenas por pressupostos éticos para uma conduta moral ou religiosa de nível elevado.

Jonh Stott na obra já referida equaciona três questões possíveis na abordagem do leitor contemporâneo ao Sermão do Monte, uma refere-se à autenticidade, outra a relevância, outra à exequibilidade. (p.10)
  1. O Sermão do Monte é um autêntico pronunciamento de Jesus? Foi realmente pregado por ele? 
  2. O seu con­teúdo é relevante para o mundo contemporâneo, ou é totalmente fora de moda?
  3. Os seus padrões são atingíveis, ou devemos esquecê-los por serem em larga escala um ideal im­praticável?

Pensemos nas duas últimas questões:

3 - É exequível?

Mateus, cujo primeiro público foram os judeus, incluiu o Sermão do Monte no início do seu Evangelho porque, de acordo com Lloyd-Jones (Estudos no Sermão do Monte, p.15) o seu propósito é “oferecer uma exposição do reino como uma realidade essencialmente espiritual”.

O Reino não é alguma expectativa politica-sócio-religiosa (esperada pelos Judeus) que possa ser vista e medida por condutas externas, despidas de validade interna. É antes de tudo “algo que está dentro de vós.” Aquilo que governa e controla a mente, o coração, e as atitudes do indivíduo. É uma mudança de paradigma: da religião (busca do homem pelo divino) para a relação (encontro do homem no Divino)

Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
Mateus 5:23,24

E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Lucas 18:9-14

É exequível pelo Novo Nascimento – NO REINO, No ESPIRITO

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
João 3:3-6

Os Estatutos do Reino (o pensamento de Cristo) podem impactar positivamente a sociedade e cultura contemporânea pela ação do Sal e a influência da Luz daqueles de são verdadeiros discípulos, varas ligadas ativamente á videira.

É exequível pela vida que vem de dentro.

É importante que os filhos da Luz sejam LUZ e não trevas. Que o seu falar seja coerente com o seu viver (sim, sim e não, não). Que o reino esteja desde logo no seu coração, tome os seus sentimentos, na sua mente, sem conflito com o pensamento de Cristo, na sua casa numa demonstração clara do amor aprendido pela experiencia AGAPE, e nas suas relações sociais, em aceitação, bondade e generosidade para com o outro.

Que a sua justiça exceda a dos escribas e fariseus, sepulcros caiados. Que sejam mais do que ocupantes ocasionais das cadeiras das igrejas que julgam assim aquietar o seu sentimento de busca daquele que tudo fez para SER ENCONTRADO.

Que neste país e nesta geração sejam autênticos pacificadores, expressões de Deus a uma humanidade perdida na insegurança de ter e de conseguir.

2.       É relevante?

 Eu porém vos digo…

Esta frase reiterada no Sermão introduzindo questões tão importantes à vida pessoal e comunitária, vem trazer o verdadeiro sentido, o espírito em cada questão.

Partindo do que era tradicionalmente e culturalmente aceite, Jesus propõe num EU PORÉM VOS DIGO, um resgatar do coração.

Nas relações interpessoais:

- Quantas formas existem de matar?

Matei alguém com a s minhas palavras, com o meu azedume e ira, com o meu julgamento, com a disseminação negativa (murmuração) de aspetos reias ou inventados da sua pessoa ou vivência?

É relevante sim. E não precisamos circunscrever-nos ao que ouvimos na degradação política e social em que a verdade se confunde com a mentira. Basta que também aqui olhemos para a “trave no nosso olho”. Que pensemos na nossa casa, no nosso círculo de amigos, na nossa igreja.

Quantos corpos mortos!…

- Quantas formas existem de infidelidade?

A lascívia, o pensamento, a pornografia, a exposição da nudez (leia-se fragilidades) do outro. Ser infiel é falhar no compromisso: Amar, cuidar, proteger, honrar e respeitar!?

O compromisso cumprido tem em si mesmo a receita da fidelidade e da felicidade.

E claro, quantos divórcios consumados e (in)consumados

Observemos os números que estão disponíveis para Portugal:

Decréscimo no número de compromissos assumidos (Casamentos):

2015 - 32,393 (350 mesmo sexo)
2010 – 39,993
2000 – 63,752
1990 – 71.654
1980 – 72.164

Fonte: Pordata

Aumento da taxa de divórcios por cada 100 casamentos:

2013 - 70,4
2010 – 68,9
2000 – 30,0
1990 – 12,9
1980 –  8,1

Fonte: Pordata

E estes são apenas os números declarados. Há a considerar as camas separadas, as comunicações inexistentes, os conflitos latentes….

E há ainda outros números:

Violência doméstica
9612 Vítimas
maus tratos psíquicos
7507
maus tratos físicos
5167
homicídio tentado
37
homicídio consumado
27
23.326 Crimes/outras formas de violência 2015
18.679 Violência doméstica

Fonte: APAV

E também aqui há a considerar as negligências, as ausências afetivas devidas a uma sociedade em que cada um se centra mais em si do que no outro. E os filhos crescem presos num mundo virtual que tem muito pouco de físico, de relacional.

O discurso de Jesus é relevante e O Reino dentro de vós é a resposta.

by LiFFe

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Predadores de sonhos
Os sonhos podem ser grandes ou pequenos, podem ser pessoais ou de valor comunitário. Sejam quais forem precisam ser guardados. 
Há predadores de sonhos que por inveja ou por medo se esforçam por matar aquilo que se deseja e espera para que não nasça. Sobretudo quando os sonhos dos outros parecem maiores do que os seus. Manter o sonho vivo apesar de tudo, exige a tenacidade do guerreiro, a força do sábio e a persistência da fé. 
Agradeço a Deus que envia. nos momentos certos, guardas de sonhos que mesmo sem saberem contribuem para o processo da sua realização. Ainda que através do seu  próprio sonho. 

sábado, 26 de março de 2016

Perdas

Há processos de dor que evitam o apodrecimento e salvam a vida. 
Sentir a dor da perda é sinal de que somos pessoas e estamos vivos e saudáveis. Não sentir seria sinal de insensibilidade e de doença. 
Há situações de dor física que nos acontecem como um alarme ou sistema de proteção do corpo. Como aviso. 
Há situações que requerem um tratamento doloroso que envolve sangue e bisturi. Quando alguma coisa esta fora do sítio ou se desenvolveu erroneamente ou degenerou.,, precisa ser retirada num processo de dor para o corpo. E um processo de exige sofrimento e recuperação e convalescença, mas que e indispensável à vida e a evitar a morte. Que permite continuar... Preservar.
Tambem é assim na vida. Ás vezes é necessário passar por perdas, desilusões, sofrimentos, e fazer processos dolorosos para poder ganhar. Ás vezes surgem para nos arrumar por dentro, refocar, e incrivelmente até para nos aliviar.E só tomamos consciência dessa necessidade de alívio depois de o experimentar. Como se o peso que carregamos se confundisse, pela força do hábito, com o nosso próprio peso. 
Quando estamos no  processo nem sempre vemos com clareza o que está para alem dele. É como se estivessemos dentro de uma nuvem densa que não nos permite ver mais do que uns milimetros à frente do nariz.Só sentimos o desconforto que nos envolve e a incerteza do que não vemos. 

Depois, vem o crescimento, a sabedoria, o propósito, a visão. E tudo faz sentido.

Ás vezes é preciso perder para ganhar.

 "Ele fez a ferida e a ligará". Odeias 6 e Jó 5

by LiFFe

sexta-feira, 25 de março de 2016

Pai é...

Pai é...

Pai é estrutura.

Contém a força e a solidez e esboça os contornos sobre os quais posso construir.

Adiciono conforto, proteção, intimidade, beleza, sobre a estrutura e dentro da estrutura.


Por isso, Pai é referência, lugar onde volto sempre que me sinto em dúvida, perdida.

by LiFFe

Sonhos geram sonhos

Sonhar

É atrever-se a olhar para fora, para além do óbvio, do conhecido
É atrever-se a considerar possível o impossível,
È aguardar o futuro com expectativa,
É ser perseverante na adversidade.

É bom sonhar!

Mas nem todos conseguem olhar para o futuro por janelas de esperança.
Alguns estão presos a circunstâncias que acreditam ser determinantes e finais, senhoras do seu passado, algozes do seu presente e roubadoras do seu futuro.

Um jovem sonhou para si um futuro de sucesso e de influência acima do comum. Partilhou o sonho com o seu círculo mais íntimo, aqueles que deveriam acreditar em primeira-mão, incentivar e acalentar a partilha. Contou-lhes que um dia estaria em lugares de destaque, tomaria decisões que influenciariam a vida de muitos. Era um sonho ousado, ainda por cima porque se sobrelevava aos comuns ideais do círculo íntimo e representava ameaça de concorrência – aquele que era o menor, sonhava ser o maior!

Esse foi o início da luta pelo sonho. Enquanto acreditava na veracidade do que vira e na interpretação que lhe dera, o jovem teve também de sofrer as consequências da partilha. Inveja, ciúme, descrédito, amargura, ódio, separação, ditaram as circunstâncias através das quais teve de guardar o sonho. É responsabilidade de quem sonha, saber guardar o sonho.

O círculo íntimo procurou enterrar o sonho, na esperança de o matar. Cavaram um buraco e colocaram nele o sonhador:
 - Aí nas profundezas desse buraco podes sonhar à vontade. Nada vai acontecer. Um “animal feroz” comerá o teu sonho!
E o sol pôs-se sobre a esperança de viver para ver o sonho! Na escuridão da noite campesina, ao som das ameaças desconhecidas das trevas, não restava mais nada a não ser o sonho. Era bom rever como possibilidade aquilo que parecia agora longínquo e impossível. Em circunstâncias inóspitas é o sonho que alimenta a vida.

Muitos Sois e Luas passariam até que o jovem visse a realização do sonho.

Numa situação de vulnerabilidade, tentaram trair o sonho. Foi um caminho de coragem, de sabedoria e de fidelidade que o preservou. Coragem para dizer não ao prazer fácil que lhe era oferecido, sabedoria para acreditar que posições confortáveis também podem ser inimigas do sonho, que o hoje está distante do amanhã e que o futuro é comprometido com uma decisão do presente, e fidelidade para honrar os compromissos e manter o carácter. A consistência de carácter preserva o sonho.

Tentaram aprisionar o sonho. Numa perfeita resposta de injustiça, o sonhador foi vítima da difamação, da mentira. Mas mesmo na prisão, quando todas as vozes gritavam:
-Esquece! Ninguém se lembra de ti. Vê quão distante estás do teu sonho. Desiste!
O sonhador acalentou a esperança da liberdade e a certeza da validade de Quem lhe dera a capacidade de sonhar. Mesmo os sonhos que estão presos gritam por liberdade.

E foi novamente pela fidelidade e autenticidade que o marcavam que se distinguiu na adversidade.
A capacidade de sonhar está ao alcance de todos. Em qualquer circunstância. Alguns limitam-se a si mesmos pela incredulidade, pela ausência de esperança, pela fragilidade de carácter, pela fraca persistência. Mas todos podem sonhar!  


E o sonho do jovem aconteceu pelo sonho de um rei. Sonhos geram sonhos.

by LiFFe

domingo, 11 de janeiro de 2015

A Vida no Carrocel

Quando a velocidade atinge o limite do vento é difícil distinguir com clareza o meio envolvente.
As formas apresentam-se disformes, corridas; as cores mescladas, indistintas; e os contornos difusos.
Andar em grande velocidade, em círculos, apenas garante que a visão distorcida se repita, volta após volta, confirmando o que se vê como real.
Num carrocel sente-se a adrenalina da corrida, os movimentos aumentam de intensidade e o entusiamos é enorme, tão grande que diminui a consciência de perigo pelo prazer de experimentar.
Experiência que, habitualmente, é vivida a solo mas com o ruído de todos os outros que a acompanham, paralelamente, e gritam o seu medo, o seu prazer e enchem o ar de tal forma que se torna difícil isolar-se para sentir o que se sente e ajuizar perfeitamente o que se deve ou não responder, no imediato da corrida.
Quando o tempo marca o fim, ficam as cãibras, as tonturas, os desequilíbrios, a sensação de acabar de aterrar – e ter de avançar!
Uma nítida sensação de pós-experiência que se deixou no passado e da qual apenas se trouxe um pouco, na memória.
É claro que estou a falar da vida. Não do carrocel, mas da corrida da vida.
Nesta analogia sobre a corrida, destaco a perceção difusa, a adrenalina, a dificuldade de focar-se em si, a distração imposta pela experiência dos outros, o fim, a necessidade de saber assumir o controlo e avançar.
Que eu seja capaz de fugir ao carrocel.
Que tome tempo para observar, sem correr, as pessoas e acontecimentos que me rodeiam e não estão na corrida;
Que não perca o foco interior do que é importante;
Que não me perca nos gestos alucinados de quem se esgota na experiência;

 Que seja capaz de manter o controlo, os pés no chão, a firmeza no caminho, a persistência e a determinação de ir em frente, sem andar às voltas.

by LiFFe